O REI SALOMÃO

Rei de Israel, homem de sabedoria e insensatez

.l. SEUS PAIS. Era filho de Davi e de Bate-Seba (2Sm 12.24-25). Foi afortunado e desafortunado com relação aos pais e ao ambiente que rodeava seu lar. Foi afortunado em ter um pai como Davi, grande gênio que, no geral, foi espiritualmente fiel. Foi desafortunado porque alguns elementos no exemplo de seu pai inevitavelmente causaram efeito prejudicial a vida do jovem. Foi criado em um lar em que se praticava a poligamia e havia muitas lutas e invejas

ll. ACESSO AO TRONO. Apesar de ter muitos filhos, Davi prometeu que Salomão seria seu sucessor e que seria ungido rei antes da morte de seu pai (1Rs 1.17-39).

lll. OS PRIMEIROS ANOS DE SEU REINADO. Considerando a época em que viveu, começou bem seu reinado, mas cometeu um grande erro ao escolher como esposa a filha de um rei pagão (1Rs 3.1). Sem dúvida, foi um ato de conveniência política e a primeira de suas alianças com estrangeiros e todas as influenciaram sua decadência moral.

lV. SUA SABEDORIA. Foi um dom especial de Deus. no começo de seu reinado, teve uma visão em Gibeom, na qual o Senhor lhe apareceu, propondo que pedisse o que quisesse. Salomão confessou sua debilidade e ignorância ao declarar. "Dá, pois, ao teu servo um coração cheio de discernimento". Sua petição foi concedida, e o Senhor prometeu que Salomão seria o mais sábio dos homens e que teria grandes riquezas e honra. A promessa foi cumprida, pois superou em sabedoria todos os grandes homens de sua época. Compôs 3 mil provérbios e 1005 cânticos. Sua fama estendeu-se por todo o mundo (1Rs 4. 29-34).

V. SUA POLÍTICA E SEUS EMPREENDIMENTO. Realizou os planos de seu pai, Davi, consolidou o reino e comprometeu-se em muitas empresas comerciais, enquanto crescia sua riqueza e sua fama. Seu maior empreendimento foi a construção do luxuoso Templo, em Jerusalém, que durou sete anos (1Rs 5 e 6). Ao concluí-lo, Salomão ofereceu uma oração de dedicação (2Cr 6.12-7.3).

Vl. SEUS ÚLTIMOS ANOS. Foi honrado pela rainha de Sabá, (1Rs 10.1-13). A medida que riqueza e honra lhe eram acrescentada, seu amor pela pompa crescia. Mantinha um estilo de vida luxuoso e extravagante, é muito além do que permitiam os recursos do povo (1Rs 10.14-29). Isso gerou descontentamento social e preparou o caminho para a divisão do reino (1Rs 12.4-19).

Vll. SUA QUEDA MORAL E SUA IDOLATRIA. Finalmente, Salomão naufragou na luxuria. Influenciado pelas muitas esposas, introduziu o culto a falsos deuses em Jerusalém (1Rs 11.1-8). Foi repreendido severamente pelo Senhor e, devido a sua apostasia, foi profetizada a divisão do reino já no governo de seu filho (1Rs 11.9-13).

    Vlll. A QUESTÃO DE SEU ARREPENDIMENTO. Nada se sabe com certeza quando ao fim de sua vida. Os estudiosos das Escrituras têm debatido se, finalmente, ele se arrependeu e voltou para Deus. Os que acreditam que ele escreveu o livro de Eclesiastes veem-no viajando ali pelo labirinto da filosofia humana e finalmente emergindo para a luz da fé na providência divina.

SUA VIDA SERVE DE ADVERTÊNCIA. É conhecido como o mais sábio dos homens. No entanto, sua sabedoria não lhe ensinou o domínio próprio. Ministrou bem, mas deixou de colocar em prática os próprios preceitos. Ao descrever o néscio no livro dos Provérbios, pinta um quadro vivido dos próprios fracassos.


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