DEIXAR O MANTO

Jesus está a caminho de Jerusalém, onde vai acontecer o desenlace de sua "missão". Ele tem pressa; não esta sozinho: os discípulos e as multidões o acompanham. O barulho das pessoas, o balbúrdia e o vozerio das pessoas o despertam a curiosidade de um cego, que estava sentado, mendigando as margens da estrada. Tendo sido informado de quem passava por perto, da sua boca brota uma invocação incontrolável, cada vez mais persistente ; uma oração um ato de fé. O cego ouve a multidão passar com Jesus e aproveita da única e ultima oportunidade. O gesto e a resposta de Bartimeu ao chamado de Jesus que as pessoas lhe transmitem é muito significativo e reage com rapidez. Deixa de lado o seu manto, sem hesitar: Sua  riqueza, que traz a sua segurança o seu teto, e dá um salto. E sai do seu fechamento o manto era considerado um prolongamento da pessoa. Desfazer-se daquilo que lhe traz segurança e recupera a sua dignidade: pôs-se de pé. Joga o seu manto supõe desfazer-se não só de algo importante que serve para se proteger-se e que confere dignidade. Jesus pergunta o que queres que eu faça? A resposta do cego foi rápida; já estava pronta, preparada dentro de si, cultivada no seu íntimo, a mito tempo, no segredo e na noite do desejo, no silêncio da espera, no obscuridade  do sofrimento. Seu pedido foi claro e direto, cheio de confiança; as migalhas não lhe basta mais; não se satisfaz apenas esmolas: Quer mais, muito mais "Metra quero ver de novo"