OS CONSTRUTOTRES

Os dois fundamentos

Essa parábola foi o encerramento do famoso sermão da montanha, que está reistrado em Mateus, do capítulo 5 ao 7. Neste famoso sermão, encontramos os principais ensinos éticos de Jesus. Esse sermão foi proferido por Jesus em um monte ao norte de Israel, durante o período de seu ministério na região da Galiléia. Esse sermão conta a história de dois homens que resolveram construir para si uma casa. Que significa um abrigo: É um lugar onde protegemos do frio, do calor, da chuva, do vento, de intrusos. Segurança: Que é lugar onde nos sentimos protegidos; onde guardamos nossos bens, onde colocamos as coisas que gostamos. Jesus diz que ambos trabalham para construir uma casa. O processo de construção de uma casa é longo e, muitas vezes, difícil. Envolve planejamento, tempo, dedicação, diligência, dinheiro e muito mais trabalho. O texto dá a entender que eles mesmos construíram a sua casa. Certamente tinham sonhos, aspirações e propósito com sua casa. O texto também nos sugere que as casas eram bem semelhantes e que foram construídas  provavelmente vizinhas uma da outra. Afinal, ambas passaram pelo mesmo evento de enchente, o que indica sua proximidade. Isso sugere que, olhando de fora, elas eram muito parecidas e não se podia fazer distinção uma da outra. Os alicerces: Aqui parece que chegamos no amargo do ensino de Jesus sobre as casas e os construtores. Na Palestina do primeiro século, a região do mar da Galileia era bem arenosa, mas, no verão, esse chão de areia era muito firme, muito sólido. Jesus diz que um dos construtores construiu sua casa neste solo duro, sem alicerces profundos. O outro homem, porém, cavou uma profunda vala, até chegar a um terreno rochoso, e então ele construiu sua casa. Aí veio uma tempestade de vento e chuva; os rios transbordaram; houve enchente e ela se arrebentou contra ambas as casas. Uma ficou de pé e a outra foi arruinada. Vamos entender o que Jesus quer mostrar com sua parábola: Jesus não estava fazendo distinção entre o pagão e o cristão. A sua palavra foi dirigida para pessoas religiosas e para os seus discípulos e para os judeus, e os filhos da aliança. Jesus falava com homens que frequentava a sinagogas, que levava seu sacrifício ao templo, que migrava para Jerusalém durante as festas, enfim, para o homem religioso. Os construtores do texto são homens que expressam publicamente sua fé Pensando em nossa própria realidade, podemos dizer que Jesus estava falando com homem que frequenta a igreja. Que gosta da ética cristã, que gosta do ambiente cristão, de seus valores, de sua mensagem. A sua casa é a sua vida, é sua trajetória, suas escolhas, seus caminhos, seus desejos e aspirações. Jesus ensina, que um homem é sábio e outro é insensato. O insensato: é precipitado, é ávido por resultados. Dá valor as aparências. Ele se preocupa mais com a forma do que com o conteúdo. Seus princípios são rasos e sua vontade é fraca. O insensato sabe, mas não conhece. Ouve, mas não entende. Quer, mas não se esforça. Vivemos tempos em que há muitos insensatos. Homens que querem frutos, mas não querem arar, semear e plantar, regar, proteger e ceifar. Aquele que ouve a palavra de Jesus e pratica, é como o homem sábio que a casa [sua vida e suas atividades] sobre a rocha [Cristo], resistindo assim a ação devastadora do tempo e da eternidade: as provações, tentações e o julgamento: O que ouve a palavra de Jesus e não a pratica, é como um insensato que constrói a casa da sua vida sobre os alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama, da popularidade, os quais como a ereia não resistem a ação demolidora do juízo final. A casa forte: Dois períodos: Agora construímos a casa eterna lançando o alicerce da fé em Cristo [1Co 3.11, b] levantando a casa pondo em prática seus mandamentos [Jo 15.14]. No futuro, a virá a enchente da oposição e o rio do Juízo; então as escolhas presentes terão consequências eternas. Dois homens: O sábio que atende e obedece a palavra de Deusa. O insensato que escuta mas não obedece. Mas só o sábio constrói uma casa forte, uma vida edificada na palavra de Deus.